O Que é um Cuidador Informal?
Um Cuidador Informal é uma pessoa que presta cuidados permanentes ou regulares a outros que se encontram numa situação de dependência, mais comumente a familiares. Ser Cuidador Informal é uma verdadeira missão, que implica um envolvimento constante no dia a dia do Idoso. A atenção ao bem-estar vai desde a alimentação, à higiene e até à manutenção da roupa. Paralelamente, existe um grande foco na saúde, sendo necessário zelar pelos horários da medicação, tratamentos ou atos médicos. Finalmente, há uma componente de carinho e mimo, contribuindo para o bem-estar mental da Pessoa Maior. O Cuidador Informal já tem atualmente um estatuto em Portugal, visando reconhecer o seu papel fundamental e garantir alguns direitos e apoios.
Desafios Diários do Cuidador
Efetivamente, quem se disponibiliza para ser Cuidador tem que ser um indivíduo com paciência, capacidade de manter a calma e adaptar-se em situações de desgaste ou de recusa do Idoso (como não querer tomar a medicação, comer ou tomar banho, situações muito comuns), bem como nos momentos em que a Pessoa Maior está mais instável do ponto de vista mental (grita, gesticula ou tenta sair de casa, entre outros). Noutros casos, é necessária força física para levantar, sentar e deitar o Idoso, cujos movimentos estão limitados. Em suma, os desafios são inúmeros e muito frequentemente o Cuidador sente-se sobrecarregado, isolado e, consequentemente, exausto.
Evitar o Esgotamento
O profundo desgaste ou exaustão de um Cuidador devem ser evitados, pois prejudicam a saúde física e mental de quem cuida. Paralelamente, a Pessoa Maior acaba por se ressentir desse esgotamento.
Algumas dicas para o Cuidador evitar chegar a um estado penoso e extremo:
1. Como Cuidador, é frequentemente visto pela restante família como aquela pessoa que está sempre disponível e com vontade de abraçar mais e mais tarefas. É erradamente percecionado como incansável e resiliente. Resiste a tudo e faz tudo o que é necessário em prol do próximo. No entanto, tem de se manifestar e informar a restante família que, sendo um ser humano, tem os seus limites e, como qualquer outro, também se cansa, desgasta, irrita e, principalmente, necessita de descanso.
2. Tenha uma agenda onde regista previamente o tempo que irá passar consigo mesmo, a descansar ou a cuidar-se, sendo que este tempo não é negociável. Organize-se e peça a outros familiares para o substituir nos seus momentos de ausência. Mantenha as suas próprias consultas e exames médicos, dedique-se a atividades que lhe dão prazer e lhe fazem bem sob o ponto de vista físico e mental, como por exemplo sessões de pilates, ioga, natação ou passeios. Caso os membros da família não se mostrem disponíveis para dar apoio, contrate alguém que possa ajudar sempre que necessite.
3. Mantenha-se atento ao seu corpo e mente. A título de exemplo, se começar a sentir dores de costas porque tem de mudar pessoas de posição ou manter certo tipo de posições durante muito tempo quando está a cuidar, marque uma consulta médica e trate de si mesmo. Em paralelo, pode sentir-se sobrecarregado emocionalmente e concluir que necessita de ajuda de um psicólogo. Atualmente, já se conseguem efetuar consultas online, pelo que nem precisa de se deslocar ao consultório.
4. Reconheça que o cansaço de tratar de outra pessoa pode trazer sentimentos negativos: desespero, impaciência, tristeza, angústia ou até mesmo raiva para com o Idoso. Estas emoções são frequentemente percecionadas pelo próprio como sendo de uma má pessoa por as sentir. No entanto, dado o desgaste que tratar de um Idoso pode representar, estes sentimentos são normais. Peça ajuda a alguém para o substituir nas situações de crise. Desta forma, afasta-se do Idoso, recupera e, quando reiniciar o acompanhamento à Pessoa Maior, já se sente mais revigorado. Caso conclua que estes sentimentos começam a dominá-lo e que não está a conseguir ultrapassá-los, peça a ajuda de um psicólogo.
5. Sempre que considerar necessário, peça ajuda para evitar uma sobrecarga exaustiva. A título de exemplo, as deslocações às consultas ou exames médicos podem constituir um fator de extrema fadiga porque o Idoso pode já ter os movimentos limitados ou mostrar-se ansioso com a alteração de rotina. Simultaneamente, quando se chega ao local onde realizará o ato médico, é necessário fazer o check-in, mas nem sempre se consegue garantir que nesses momentos a Pessoa Maior está perto do Cuidador, porque a receção está afastada das cadeiras onde o Idoso está sentado. Face aos vários cenários que podem acontecer e fugir ao controlo do Cuidador, a solução ideal é irem sempre duas pessoas a acompanhar a Pessoa Maior. Entreajudam-se, diminuem os contratempos e tudo fluirá melhor.
Apoio Profissional Disponível
Caso não tenha familiares ou amigos que o possam ajudar, a KindCare está disponível para dar todo o apoio necessário ao Cuidador e ao Idoso. Contacte-nos para saber mais informações.