O Impacto das Limitações Físicas no Idoso
As limitações físicas que os idosos vão sentindo ao longo do tempo são percecionadas de forma muito negativa pelos próprios. Muitos já se sentem inseguros perante uma realidade cada vez mais tecnológica, que lhes é incompreensível. Ao adicionar a estas novidades digitais as crescentes limitações físicas, a pessoa maior infere que a sua autonomia e capacidade de interação com tudo o que a rodeia estão a diminuir rapidamente.
A Resistência do Idoso às Ofertas de Ajuda
No entanto, apesar de o idoso sentir necessidade de apoio de terceiros, mostra-se, na maioria das situações, avesso às ofertas de ajuda, porque, ao ser apoiado, pode sentir-se diminuído e constrangido. Essa situação causa normalmente um profundo desconforto e, por esse motivo, poderá ter como consequência a recusa de uma proposta de auxílio. Por sua vez, as pessoas que lhe oferecem essa assistência vão sentir-se frustradas e, provavelmente, não se voltarão a mostrar disponíveis para auxiliar no futuro.
Cinco Abordagens Para Oferecer Ajuda de Forma Discreta
Possivelmente, as limitações físicas da pessoa maior vão aumentar, pelo que, com o avançar do tempo, torna-se imperativo que o idoso comece a ser apoiado. Para evitar melindrar e invadir o seu espaço, sugerimos várias abordagens:
1. Manter-se disponível para dar apoio e verbalizar regularmente essa ajuda de forma clara. As recusas não devem ser encaradas como algo definitivo, mas sim como uma resposta temporária.
2. Substituir frases como “Sente-se aí, eu vou fazer isto” por “O que acha de fazermos isto juntos… assim poupamos tempo porque somos dois!”
3. Apresentar vantagens para fazerem atividades juntos: “Vamos até ao café e aproveitamos para conversar. Eu ajudo a descer as escadas.” Caso o idoso tenha capacidade financeira, pode ainda dizer: “E no final paga o café.” Desta forma, ao pagar o que se consumiu, a pessoa maior sente que está a contribuir, aumentando a sua satisfação.
4. Se quiser acompanhar o idoso ao médico, pode dizer que quer conhecer o médico porque se preocupa com a sua saúde e bem-estar. Se estes argumentos não forem suficientes, pode apresentar o benefício de o levar e trazer a casa, dando tempo para conversarem e usufruírem, ambos, de boa companhia.
5. Evitar diminuir as capacidades do idoso. Em vez de dizer: “A casa está cheia de tralha e você ainda tropeça e cai num destes dias”, substitua por: “Na próxima quarta-feira não tenho nada para fazer, estou a pensar vir até aqui. Podemos ver juntos algumas coisas que você já não usa nem necessita, para entregar a uma associação de caridade e ajudarmos outras pessoas. No final, podemos preparar um lanche. O que acha?”
Manter a Pessoa Ativa Com Respeito e Compreensão
Acima de tudo, sejam quais forem as abordagens, o crucial é nunca diminuir as capacidades do idoso. Também é importante que a pessoa maior se mantenha ativa, de acordo com a sua realidade física e mental. Por esse motivo, é mais benéfico irem sempre fazendo as tarefas e atividades a dois do que impedir o idoso de se movimentar.
A título de exemplo, as idas ao supermercado podem trazer inúmeras vantagens: a pessoa maior mantém-se ativa, dá continuidade ao contacto com outras pessoas, tem a autonomia de escolher o que quer comprar, sentindo-se apoiada e acarinhada. No entanto, quem dá auxílio tem de ter noção de que todas as atividades feitas em conjunto demoram mais tempo a executar, porque o ritmo de uma pessoa idosa é normalmente mais lento.
A KindCare Pode Ajudar
Neste âmbito, a KindCare pode constituir uma preciosa ajuda através do apoio domiciliário, dando assistência e cuidados aos idosos na sua própria casa para os momentos em que os familiares não tenham disponibilidade. Para a KindCare, a integridade e identidade do idoso são fundamentais nos cuidados que se prestam.
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