Os avanços que têm sido realizadas na medicina e na saúde têm aumentado o tempo média de vida da população. Sendo indiscutivelmente um benefício para a humanidade, esta benesse pode ter ainda assim alguns impactos menos positivos como por exemplo baixa qualidade de vida do Idoso e a sua subsequente dependência de outro. Esta situação tende a dificultar o dia-a-dia de quem é responsável por cuidar de uma Pessoa Maior, nomeadamente dos filhos e outros familiares, podendo estes sentirem momentos de grande desgaste sob o ponto de vista mental, o qual se vai repercutir na relação entre o Cuidador e a Pessoa Maior.
Perspetiva da Pessoa Maior
Apesar de muitos ainda conseguirem manter alguma autonomia, os Idosos sentem-se frequentemente agastados com as suas limitações físicas: vêm e ouvem com dificuldade, sentem dores em várias zonas do corpo, já não conseguem realizar tarefas simples como por exemplo agarrar numa garrafa de água e levar à boca, necessitam de apoio na higiene, entre muitos outros exemplos. Trata-se de uma lista infindável de bloqueios que outrora não existiam e que os leva a queixarem-se de forma frequente.
Paralelamente, mantêm rotinas que prezam em cumprir de forma rigorosa e com muita atenção ao detalhe. A título de exemplo, têm preferência em comer sempre à mesma hora com os talheres e copo habituais, que devem estar colocados num determinado local da mesa. Esta rotinas são importantes porque trazem estabilidade e segurança à sua vida diária.
Perspetiva do Cuidador
Por sua vez, o Responsável pela Pessoa Maior tem sempre vários afazeres entre mãos. Na maioria dos casos, tem de trabalhar e gerir a sua agenda de tarefas, que vão desde levar o animal de estimação ao vetirenário até fazer compras de bens para a casa, bem como a agenda do Idoso, onde as tarefas mais frequentes são a marcação e comparência em consultas ou exames médicos, controlar a conta bancária, tratar de questões legais, assegurar que há medicação para as próximas semanas ou compras específicas para a Pessoa Maior.
Como conciliar pontos de vista
Face a estes dois cenários tão diferentes, é natural que o Responsável e o Idoso se sintam incompreendidos no que toca às respetivas necessidades. A Pessoa Maior quer alguém que esteja disponível para realizar todas as tarefas rotineiras que tanto preza, nos horários e ritmos a que já se habituou. Por seu turno, o Responsável sente-se assoberbado e não tem disponibilidade para realizar tudo. Neste ambiente tão divergente surgem frustrações que levam a ressentimentos e até zangas entre ambos.
É importante que o Responsável e a Pessoa possam abordar os seus sentimentos com outras pessoas. O Idoso pode já estar numa fase em que tem dificuldades em movimentar-se, pelo que se foi isolando na sua habitação. Muitos dos amigos e familiares da sua idade já faleceram, foram viver para lares ou estão dementes, pelo que o relacionamento com aquelas pessoas que “eram do seu tempo” é miníma. Por outro lado, o Responsável está sempre tão assoberbado com a sua lista de tarefas que nem se apercebe que está profundamente desgastado.
Uma das soluções é procurarem ajuda de um de um psicólogo, para poderem abordar individualmente as suas emoções, livremente e sem qualquer acanhamento. As vantagens são:
Os psicólogos ajudam os idosos a refletir e a repensar as mudanças que vão surgindo com a longevidade
Podem fazer sessões individuais, uma com o idoso e outra com o responsável, e posteriormente realizar uma sessão conjunta para assim poderem falar de forma orientada acerca dos respetivos sentimentos O psicólogo pode explicar ao Responsável pelo Idoso comportamentos e sentimentos que pareciam inexplicáveis e vice-versa, dissipando mal-entendidos e fortalecendo a relação.
Como podemos ajudar
A KindCare tem disponibilidade para dar o apoio necessário à gestão do dia-a-dia do familiar Idoso, contribuindo para o bem-estar de toda a família. Contacte-nos para saber mais!